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Dói-me a cabeça!

A dor de cabeça em crianças é uma queixa frequente, contrariando a ideia comum de que é uma “coisa de adulto”. Correspondendo maioritariamente a situações benignas, a cefaleia (dor de cabeça) representa para muitos pais uma preocupação. Aterroriza-os o facto de algumas doenças graves se poderem manifestar com cefaleias, entre tumores cerebrais e meningites, casos que felizmente são raros.

A dor de cabeça tem um componente hereditário importante, especialmente quando falamos da enxaqueca, uma das mais frequentes causas de cefaleia nas crianças. Tal como no adulto, a enxaqueca pode ser precedida de aura (alterações visuais, auditivas ou da perceção), e pode acompanhar-se de vómitos, intolerância à luz ou aos ruídos, sendo habitualmente pulsátil. Muito frequentes são também as cefaleias de tensão, associadas a eventos de stress (em casa, na escola, etc.) e que pioram ao longo do dia. Por outro lado, em contexto de febre, a dor de cabeça é um sintoma acompanhante muito presente.

Perante isto importa conhecer os sinais de alerta de que uma cefaleia numa criança pode requerer a observação por um médico. Alguns desse sinais são: uma grande intensidade da dor, a resistência da dor aos analgésicos, a cefaleia que acorda a criança, um padrão de agravamento de frequência ou intensidade ao longo do tempo, ou a cefaleia matinal recorrente acompanhada de vómito e que melhora ao longo da manhã. Quando acompanhada de febre, a cefaleia merece mais atenção quando persiste mesmo com a descida da temperatura, se a criança está prostrada, ou se há rigidez da nuca. Na grande maioria das situações um exame físico detalhado e a descrição pormenorizada da situação bastam para excluir as situações mais preocupantes.